Sobre festa, dor e reticências.

Fonte: Google images

O fim do ano... não , não, o começo do ano... chega de falar em”fim”. Ano passado tive vários “fins”. Fim da agencia, fim de casamento, fim de casa. Quase o fim do mundo pra mim.
Finalmente consegui o cessar fogo no violento conflito armado que meu cérebro e meu coração travavam há algum tempo. Bendito seja o Ctrl+Alt+Del de 31 de dezembro em todos os anos das nossas vidas. E foi exatamente isso que fiz. E tirei inúmeras conclusões num só dia.
A festa da virada foi íntima, feliz, ébria, dançante. É incrível como sei me divertir com poucos e bons amigos. Me lembrou o saral que fazia todas as quartas na minha varanda que não tinha vista pro mar, mas tinha uma energia impressionante. Cheguei 10 minutos antes da virada, e na hora dos abraços e brindes, foi como dar um mergulho no mar depois de uma caminhada de duas horas. Renovador, no sentido literal da palavra.
Não vou mentir! Pensei, por uma fração de segundos, nas coisas boas e ruins que passei com o ex homem da minha vida, na minha ex casa, meus ex planos. Mas não doeu. Não teve lamentação. Nem saudade explosiva. Não teve choro, nem vela. Teve muita tranqüilidade. E percebi que já não acho tranqüilidade em ninguém além de mim mesma.
Teve dor! Não emocional, mas física. Tive o pé esmagado por um banco de sei lá quantos quilos, mas me pareceram 300 toneladas. Não sei se por culpa do banco, da(s) vodka(s), ou minha mesmo. Doeu! Mas não ao ponto de me fazer parar de dançar (vodka, anestésico potente) e nada que um Gelol por uma semana não cure. E até o machucado, aceitei como um sinal do tipo: - Acorda mulher! Caminha pra frente....anda logo! Corre!!!
Minha meta pra 2009 é recuperar a leveza de outros tempos. De rir dos problemas, e bem no meio da gargalhada a solução aparecer. De não ter medo das lembranças, e me alegrar com elas. De gritar “vai tomar no cú” quando a situação pedir. De pedir desculpa. De ouvir perdão e acreditar que seja sincero. De dar valor ao que tenho e não ao que posso vir a ter.
De tomar banho de chuva e que foda-se a escova (é, eu aliso as madeixas). De não controlar tanto meus impulsos, e adestrar minha língua. De deixar meu coração ser livre, sem tantas interrogações. De ouvir um elogio e saber que eu mereço. Ser feliz intencionalmente.
Em 2009 vou saber pontuar melhor minha vida. Menos interrogações, menos reticências. Vou usar e aceitar o ponto final. E exclamar, exclamar, exclamar!!!

Que 2009 seja bem mais feliz. E Será!