quarta-feira, 25 de setembro de 2013

e tenho dito....

Entre um cara de 40 que mora com os pais ou 

um que fale "seje", prefiro Pepsi.

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

ELE

Eu não dormia sem pensar em você, e ouvir sua voz me bastava pra te sentir perto. 
E planejar nós dois era o suficiente pra acreditar que um dia serias meu.
Te sentia junto de mim enquanto você me comia com as palavras, e matava a minha vontade com a sua.
Promessas de um amanhã não muito distante, que nunca chegou, mas me fez tão feliz.
Eu te quis tanto que acho que sobrou querer pra vida inteira.
Você foi a sacanagem mais doce que eu já vivi, o cara que me teve mesmo sem rótulos, e me fez me sentir amada mesmo sem ter dito que era amor.
Mas foi amor quando você me ligou no meio da noite, falando de saudade.
Foi mais amor ainda quando, mesmo entre tantas, fez com que eu me sentisse única.
A nossa história terminou sem ter fim. E a sua ausência é um vazio que cara nenhum conseguiu preencher.
Tô te esperando voltar pra escrever nosso recomeço e, entre linhas, coxas e lábios, me sentir (só) tua outra vez.

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

o disfarce...

Seu amor é meu refúgio no qual não posso me abrigar ou obrigá-lo a me deixar viver aqui dentro: para sempre: embriagando-me com o álcool da sua saudade e lembrar que você é feito com alto teor de ausência, e é quente e é doce e também invade meus sonhos e também me faz lembrar, bêbada ou sóbria, que todas as minhas incertezas, que todas as minhas palavras mudas, que a confusão das minhas confissões, que as minhas mãos trêmulas são só fantasias: um disfarce humano para esconder de deus e do mundo que eu te amo. 

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Um estranho no espelho

Rabisquei teu nome no espelho embaçado e fiquei observando-o sumir debaixo do meu nevoeiro particular. E tornava a rabiscar e ver sumir e escrever novamente. Letras garrafais, letras cursivas, garranchos. Te via, te lia e te perdia. Seis, oito, doze vezes. E me perdia suavemente no teu nome descrito ali e na minha alma. Alinhava cada letra na quentura que invadia o espelho, desalinhando a saudade sem cor, subscrita na curva do peito. Como podia tanto passar de anos e você continuar firme, forte e pulsando aqui, do lado de dentro? Eu quis te odiar cada vez que te lia e cada vez que tu sumia, mas não conseguia. Sequer consegui. Tem algo de mágico nas letras do teu nome que rabisco, todo dia, no espelho que – outrora – também te via. E te via carinhosamente. E te desenhava assim, por dentro, aninhava teu nome, como se você estivesse ali - tão presente - tão meu. E cada gota que molhava meu corpo se desfazia na vontade, inteira de te molhar por dentro, com amor, com a saudade que pulsava ali comigo. Naquele espelho, eu te via e te alimentava na verdade que eu sabia, que nunca sairia dali desembaçada. Teve um tempo que tu vinhas e me abraçava e juntos desenhávamos uns dizeres de Quintana, rabiscávamos uns corações tortos e riamos entre beijos. Hoje tem só teu nome que, letra por letra, ponho ali, naquela superfície fria e embaçada. E você vem. E você some. E não há mais nada.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Sabe assim?

Não é mais raiva, nunca foi ódio, jamais será desprezo, deixou de ser esperança e ninguém poderá chamar de indiferença. É Foda-se, o estado de espírito de quem já passou dos limites. E não vai mais reencontrar a linha.