quinta-feira, 9 de abril de 2009

O novo de novo

'Não era nada com você.
Ou quase nada.
Estou tão desintegrado.
Atravessei o resto da noite encarando minha desintegração.
Joguei sobre você tantos medos, tanta coisa travada, tanto medo de rejeição, tanta dor.
Difícil explicar. Muitas coisas duras por dentro. Farpas.
Uma pressa, uma urgência. Fiz fantasias.
No meu demente exercício para pisar no real, finjo que não fantasio.
E fantasio, fantasio.
Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas.
Uma lembrança boa de você,
uma vontade de cuidar melhor de mim,
de ser melhor para mim e para os outros.
De não morrer, de não sufocar,
de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz,
e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.
'Ser novo.
Ser novo.
Ser novo.
Ser novo.
Ser novo.
Ser novo.
Ser novo.
(Caio F.)

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