segunda-feira, 8 de novembro de 2010

FREDDY KRUEGER


"Tentaram de todas as maneiras. Estrangulamento. Sufocamento com travesseiro. Corda de nylon. Experimentaram com faca, com tesoura, com punhal. Tiros, cento e dezenove. Morderam. Enfiaram o dedo e rasgaram, e puxaram, e retorceram. Veneno! De rato! Machado, enxada, porrete. Jogaram do trigésimo sétimo andar. Atropelaram. Amarraram na traseira de um ônibus verde, de turismo. Derrubaram da moto, sem capacete. Pisotearam. Fizeram vodu. Espada. Escopeta. Chute. Gasolina e fósforo. Serra-elétrica. Gilete. Cadeira elétrica. Precipício. Lança-chamas. Empurraram da escada. Afogamento. Guilhotina. Seringa com HIV positivo. Malária. Jogaram de um avião. Colocaram num caixão, acorrentaram e enterraram. Overdose de cocaína. Cortaram em mil pedaços.
E, agora, estavam os dois ali, olhando para aquele ser amorfo, amarrotado, rasgado, sangrando, pulsando e respirando em cima da cama, com uns olhos deste tamanho e um pedaço de sorriso de escárnio agarrado nos dentes da frente. 
- Bem que disseram que essa porra desse tal de amor não morre"
 Relendo nossa história, ouvindo nossas músicas percebi que o tempo ainda não foi suficiente para apagá-lo da minha memória...será que vc ainda passa por aqui? Ainda senta na minha varanda para me ouvir? 
   Inevitável sentir sua falta. Mas a vida continua, sem você.
Ainda dolorida.                            

3 comentários:

Felipe Celline disse...

Demais!

Adorei, muito bom o blog :D

Fabi disse...

Obrigada Felipe! Volte sempre. =D

Raul... disse...

Impressionante como sempre acho, aqui, coisas que não sei como dizer...