"Sorrir com os olhos, falar pelos cotovelos, meter os pés pelas mãos. Em mim, a anatomia não faz o menor sentido. Sou do tipo que lê um toque, que observa com o coração e caminha com os pés da imaginação. Multiplico
meus cinco sentidos por milhares e me proponho a descobrir todos os
dias novas formas de sentir. Quero o cheiro da felicidade, o gosto da
saudade, o olhar do novo, a voz da razão e o toque da ternura. Luto
contra o óbvio, porque sei que dentro de mim há um infinito de
possibilidades e embora sentimentos ruins também transitem por aqui, sei
que devo conduzi-los com a força do pensamento até a porta de saída.
Decidi não delegar função para cada coisa que eu quero. Nem definir o
lugar adequado para tudo de bom que eu sinto. Nossos sentimentos são
seres vivos e decidem sem nos consultar. A prova de que na vida, rótulos
são dispensáveis e sentimentos inclassificáveis."
Nenhum comentário:
Postar um comentário