Eu não preciso mais me importar com o que pensam ao meu respeito. Me dou o direito de não
responder quem me ofende, pois geralmente, os maus se confundem sozinhos. As feridas que sofri,
embora estejam fechadas, de vez em quando latejam, mas elas não podem mais me fazer sangrar. Não
preciso que acreditem em mim, não preciso de aprovação daqueles que são os primeiros a pular do
barco se algo der errado. Não mais. O que vivo hoje não é nada fácil, mas aprendi a ver a beleza
enquanto passo a noite escura, pois por mais que estrelas não sejam o caminho, elas iluminam a estrada.
Tudo que me importa, tudo que realmente me interessa, é saber que Deus me conhece. Ele conhece
não só o que vivo agora, mas Ele me aceitou com toda minha história e se preocupa com o meu futuro.
Só Ele sabe das minhas ações, das minhas motivações e principalmente com minhas intenções em
relação a tudo que faço. De onde Ele me olha agora, sei que posso deixar Seu coração feliz, só porque o
meu está grato.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2013
quinta-feira, 12 de dezembro de 2013
só o que peço
O que eu peço é que você seja sempre de verdade também. Que me queira assim, imperfeita e cheia de confusões. Que saiba os momentos em que eu preciso de uma mão passando entre os fios de cabelo. Que perceba que às vezes tudo o que eu preciso é do silêncio e do barulho da nossa respiração. Que veja que eu me esforço de um jeito nem sempre certo. Que veja lá na frente uma estrada, inteiramente nossa, cheia de opções e curvas. E que aceite que buracos sempre terão.
quarta-feira, 20 de novembro de 2013
...
terça-feira, 19 de novembro de 2013
Bifurcação
Vasculhando nas memórias algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto. E depois de repousadas aquelas palavras eu percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro.Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. E você estava absolutamente equipado com seu peso. E impedido de andar por seus medos.
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
Tanto faz....
Tanto faz se é noite ou dia, se é tarde ou cedo, se é inverno ou verão.
Tanto faz se é quente ou frio, outono ou primavera.
Tanto faz a lua ou as estrelas. A brisa ou a tempestade. O escuro ou claridade.
A chuva ou o sol.
Tanto faz o dia, tanto faz a hora, tanto faz o silêncio ou barulho. Tanto faz eu ou o breu.
A ausência ou presença. A música ou a dança.
O certo ou duvidoso. O sim ou não, tanto faz.
Tanto faz o riso ou o choro. A dor ou alegria.
Tanto faz se a saudade está de partida ou chegada.
Sem você, tanto faz.
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
concordo: tudo é uma questão de escolha.
"A Julieta era uma idiota. Porque ela se apaixona por aquele cara que ela sabe que não pode ter. Todo mundo acha isso tão romântico: Romeu e Julieta, amor verdadeiro, que triste. Se Julieta foi burra o bastante para se apaixonar pelo inimigo, beber uma garrafa de veneno e ir repousar num mausoléu, então ela teve o que merecia, e até hoje, eu acredito que, na maior parte do tempo, o amor é uma questão de escolhas. É uma questão de tirar os venenos e as adagas da frente e criar o seu próprio final feliz. Você pode desperdiçar sua vida construindo barreiras e fronteiras ou então você pode viver ultrapassando-as. Mas há algumas que são perigosas demais para serem cruzadas. E aí vai o que eu sei: se você estiver disposto a se arriscar, a vista do outro lado é espetacular."
(Grey's Anatomy)
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quinta-feira, 17 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
com calma
Calmamente ela desistia das pessoas. E com o passar do tempo, e quanto mais o sol nascia na sua janela, mais calmante ela desistia. Na impossibilidade de não amanhecer todos os dias, mansamente ela vivia. Aprendia todos os dias a suavemente desistir, sabiamente desistir de tudo o que resiste, ou deseja com fraqueza. Por que ela acreditava que amor não se pede e então, se tivesse que pedir, partia.
E ao longo dos dias que se sucediam ela ia ganhando o ar sereno daqueles que sabem desistir em paz. Aprendeu com o tempo a usar sua força naquilo que valia a pena. E se alguém por ventura quisesse ficar, então ela amava. Amava intensamente. Amava com a força daqueles que não desistem nunca daquilo que quer estar.
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Andréa Beheregaray
quarta-feira, 9 de outubro de 2013
nunca seremos para sempre.
Eu já vi o mundo desabar tantas vezes que, às vezes, parece que o mundo foi feito mesmo para gente se desfazer. Ainda não havia aquela vontade vital de ser imortal porque a morte naquele momento parecia um confronto distante entre o que eu sinto agora – nesse instante – e o que você sente quando quer reviver o que já fomos antes.
(sem ressentimentos)
Mas o amor também morre, meu amor; e a morte também ama, minha morte. E é no elo desse duelo desesperado que a gente decide se quer continuar fraco no amor ou se entregar forte até a morte.
Tanto faz!
Amar ou morrer é um pouco igual. É poder ser sincero e aceitar que nunca seremos para sempre.
(sem ressentimentos)
Mas o amor também morre, meu amor; e a morte também ama, minha morte. E é no elo desse duelo desesperado que a gente decide se quer continuar fraco no amor ou se entregar forte até a morte.
Tanto faz!
Amar ou morrer é um pouco igual. É poder ser sincero e aceitar que nunca seremos para sempre.
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Eu me chamo Antônio
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
quinta-feira, 12 de setembro de 2013
ELE
Eu não dormia sem pensar em você, e ouvir sua voz me bastava pra te sentir perto.
E planejar nós dois era o suficiente pra acreditar que um dia serias meu.
Te sentia junto de mim enquanto você me comia com as palavras, e matava a minha vontade com a sua.
Promessas de um amanhã não muito distante, que nunca chegou, mas me fez tão feliz.
Eu te quis tanto que acho que sobrou querer pra vida inteira.
Você foi a sacanagem mais doce que eu já vivi, o cara que me teve mesmo sem rótulos, e me fez me sentir amada mesmo sem ter dito que era amor.
Mas foi amor quando você me ligou no meio da noite, falando de saudade.
Foi mais amor ainda quando, mesmo entre tantas, fez com que eu me sentisse única.
A nossa história terminou sem ter fim. E a sua ausência é um vazio que cara nenhum conseguiu preencher.
Tô te esperando voltar pra escrever nosso recomeço e, entre linhas, coxas e lábios, me sentir (só) tua outra vez.
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Karla Tabalipa
segunda-feira, 9 de setembro de 2013
o disfarce...
Seu amor é meu refúgio no qual não posso me abrigar ou obrigá-lo a me deixar viver aqui dentro: para sempre: embriagando-me com o álcool da sua saudade e lembrar que você é feito com alto teor de ausência, e é quente e é doce e também invade meus sonhos e também me faz lembrar, bêbada ou sóbria, que todas as minhas incertezas, que todas as minhas palavras mudas, que a confusão das minhas confissões, que as minhas mãos trêmulas são só fantasias: um disfarce humano para esconder de deus e do mundo que eu te amo.
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Eu me chamo Antônio
terça-feira, 3 de setembro de 2013
Um estranho no espelho
Rabisquei teu nome no espelho embaçado e fiquei observando-o sumir debaixo do meu nevoeiro particular. E tornava a rabiscar e ver sumir e escrever novamente. Letras garrafais, letras cursivas, garranchos. Te via, te lia e te perdia. Seis, oito, doze vezes. E me perdia suavemente no teu nome descrito ali e na minha alma. Alinhava cada letra na quentura que invadia o espelho, desalinhando a saudade sem cor, subscrita na curva do peito. Como podia tanto passar de anos e você continuar firme, forte e pulsando aqui, do lado de dentro? Eu quis te odiar cada vez que te lia e cada vez que tu sumia, mas não conseguia. Sequer consegui. Tem algo de mágico nas letras do teu nome que rabisco, todo dia, no espelho que – outrora – também te via. E te via carinhosamente. E te desenhava assim, por dentro, aninhava teu nome, como se você estivesse ali - tão presente - tão meu. E cada gota que molhava meu corpo se desfazia na vontade, inteira de te molhar por dentro, com amor, com a saudade que pulsava ali comigo. Naquele espelho, eu te via e te alimentava na verdade que eu sabia, que nunca sairia dali desembaçada. Teve um tempo que tu vinhas e me abraçava e juntos desenhávamos uns dizeres de Quintana, rabiscávamos uns corações tortos e riamos entre beijos. Hoje tem só teu nome que, letra por letra, ponho ali, naquela superfície fria e embaçada. E você vem. E você some. E não há mais nada.
segunda-feira, 2 de setembro de 2013
Sabe assim?
Não é mais raiva, nunca foi ódio, jamais será desprezo, deixou de ser
esperança e ninguém poderá chamar de indiferença. É Foda-se, o estado de
espírito de quem já passou dos limites. E não vai mais reencontrar a linha.
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Fabricio Carpinejar
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
colori
Quando tudo em torno de nós parece cansaço e as nossas cores desbotas
demais, a vida vem e nos surpreende com
alguma coisa bonita, que nos
enfeita e devolve o nosso
fôlego.
a melhor resposta
Que o silêncio não afete o entendimento sobre tudo aquilo que um dia foi
pronunciado como um ato de amor…
É que às vezes basta um instante de fraqueza para
voltar no tempo do nada. Àquele
tempo onde tudo era vazio e ninguém
compreendia. O tempo do quase; do talvez; do frio e distante. O tempo do
deserto de sentimentos e da imensa ausência.
O tempo da vontade de não
estar lá, circulando de um
lado para o outro, no meio da incompreensão.
Basta um instante de fraqueza para alterar a sonoridade daquilo que se ouve; para fragmentar os instantes de ternura e interromper as manifestações de afeto. Porque é nos momentos de fraqueza que tudo aquilo que não foi cultivado com amor, morre!
Por isso mesmo, nos momentos de fraqueza, o melhor a fazer é calar a voz dos sentimentos para deixar falar a voz da razão… E às vezes a razão diz – daquele seu jeito determinado – que o silêncio é a melhor resposta quando a incerteza resolve demorar um pouco mais dentro do coração.
Basta um instante de fraqueza para alterar a sonoridade daquilo que se ouve; para fragmentar os instantes de ternura e interromper as manifestações de afeto. Porque é nos momentos de fraqueza que tudo aquilo que não foi cultivado com amor, morre!
Por isso mesmo, nos momentos de fraqueza, o melhor a fazer é calar a voz dos sentimentos para deixar falar a voz da razão… E às vezes a razão diz – daquele seu jeito determinado – que o silêncio é a melhor resposta quando a incerteza resolve demorar um pouco mais dentro do coração.
Erica Gaião
ama, porque isso basta!
"Então vem, repouse os seus medos nos meus ombros. Adormece o seu cansaço nos meus braços. Descanse suas pálpebras nos meus olhos. Deságue um pouco dessas lágrimas nos meus dedos. Encaixe a sua alma bem aqui, nesse espaço largo que eu chamo de coração. Vem, esquece agora o mundo lá fora e vive um pouco mais aí, dentro desse lindo e gigantesco eu que te habita. Deposite a sua vida no meu colo e deixe-me cuidar de você. Eu bem sei que o mundo às vezes nos agride, e as pessoas, também. E algumas delas possuem vazios infindáveis e só por isso querem nos esvaziar. Mas não acredite nisso… Reaja aos impulsos desse insignificante nada. Seja, enfim, a essência de todo bem que carregas dentro da sua bagagem de mão. Vista-se com o melhor do amor que tens aí e vem. Esquece tudo e ama, porque isso basta!"
(Erica Gaião)
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
assim!
Essa ausência bem suportada não é senão o esquecimento.
Sou, por intermitências, infiel. É a condição da minha
sobrevivência; pois, se não esquecesse, morreria.
Sou, por intermitências, infiel. É a condição da minha
sobrevivência; pois, se não esquecesse, morreria.
(Roland Barthes in: Fragmentos de um Discurso Amoroso)
Tinha que seguir em frente.....e segui!
Porque a vida segue. Mas o que foi bonito fica com toda a força. Mesmo que a gente tente apagar com outras coisas bonitas ou leves, certos momentos nem o tempo apaga. E a gente lembra. E já não dói mais. Mas dá saudade. Uma saudade que faz os olhos brilharem por alguns segundos e um sorriso escapar volta e meia, quando a cabeça insiste em trazer a tona, o que o coração vive tentando deixar pra trás.
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Caio F.,
Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
A GRANDE CONTRADIÇÃO DO AMOR
Quem não ama faz tudo certo. Oferece tempo de sobra, respeita o espaço do outro, deixa sair com os amigos quantas vezes quiser, não pressiona, pode ficar tranquilamente uma semana sem ver, não telefona a toda hora, não cobra, não discute, não incomoda com perguntas. É perfeito no namoro justamente porque não tem nenhum interesse.
Já quem ama faz tudo errado. Atropela a relação, apressa, pretende ver sempre, sofrerá com a ansiedade do próximo encontro, tem ciúme, saudade do ciúme, fica em cima controlando as saídas, é desajeitado para dizer o que pensa, trocará os pés pelas mãos, vai buscar entender e analisar cada palavra, cada silêncio, não esquece nada do que foi dito, não dormirá sem saber que não está sozinho no próprio arrebatamento.
Quem ama não seduz. Se seduz, não ama. Não dá para amar e seduzir ao mesmo tempo.
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Fabrício Carpinejar
terça-feira, 20 de agosto de 2013
dias que ela vem...
A tristeza me visitou hoje, e de tão inconveniente que ela é; tocou a campainha mesmo já tendo a chave, mesmo já sendo de casa.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Ontem chorei.
Ontem chorei. Por tudo que fomos. Por tudo o que não conseguimos ser. Por tudo que se perdeu. Por termos nos perdido. Pelo que queríamos que fosse e não foi. Pela renúncia. Por valores não dados. Por erros cometidos. Acertos não comemorados. Palavras dissipadas.Versos brancos. Chorei pela guerra cotidiana. Pelas tentativas de sobrevivência. Pelos apelos de paz não atendidos. Pelo amor derramado. Pelo amor ofendido e aprisionado. Pelo amor perdido. Pelo respeito empoeirado em cima da estante. Pelo carinho esquecido junto das cartas envelhecidas no guarda-roupa. Pelos sonhos desafinados, estremecidos e adiados. Pela culpa. Toda a culpa. Minha. Sua. Nossa culpa. Por tudo que foi e voou. E não volta mais, pois que hoje já é outro dia.
Quantas vezes você morreu?
A verdadeira morte não diz quando chega, e quem morre, não existe luto pela alma que se vai, porque ela volta e retorna ao mesmo lugar de sempre, acorda e prossegue no seu corpo vazio esperando a próxima morte que certamente virá cedo, talvez no banho, talvez na fila da padaria, ou à caminho da escola. Algumas pessoas morrem diariamente e não se dão conta, parece loucura? parece absurdo? Sim, realmente parece, talvez você tenha morrido duas vezes até chegar nessa linha, por que não? O ser humano não morre apenas quando seu coração para, não morre apenas quando seus órgãos dão falência, não morre apenas quando para de respirar - o ser humano também morre quando sua vida depende de algo que não se pode ter, o ser humano morre quando é inutilizado, banalizado, esquecido, quando não tem um objetivo, um propósito, um motivo. Pergunto, quantas vezes você morreu na semana passada? dez? vinte? talvez mais, você morreu com um olhar de desprezo, com o celular na mão esperando uma ligação que não chegou, morreu com um sorriso que não foi devolvido, você morreu quando acordou sem estar grato por ter levantado com saúde, morreu quando se acomodou dentro de um quarto fechado esperando que o mundo acabasse, morreu quando pensou que não era tão bom quanto imaginava ser. Morreu ao vestir uma tristeza que sufocou demais. Morreu quando deixou de sonhar.
Sean Wilhelm - Quantas vezes você morreu?
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
é!
As marcas que os seres humanos deixam são, com frequência, cicatrizes
JOHN GREEN - A CULPA É DAS ESTRELAS
Quando é amor se lembram
Quando é amor, imaginar o nosso lugar no mundo nesse
momento, às vezes, se resume à lembrança bonita no findar do dia. Quando é
amor, a ternura é o pedaço mais importante dessa distância incomum, porque
sabemos que estamos juntos, de um jeito ou de outro, ainda que em espaços
distantes. Quando é amor, os amores se unem, se lembram e acontecem,
diariamente.
segunda-feira, 12 de agosto de 2013
Clareando Pensamentos
Ela falava de sonhos sem medo de parecer ridícula. Gostava da leveza descompromissada de vez ou outra marcar encontro com seu livro favorito. Colecionava filmes água com açúcar sem se preocupar com o que achavam do seu intelecto. Enquanto todos buscavam o dourado do sol, ela comemorava o cheiro da chuva perfumando a casa. Afinal,era feita de barro, podia ser moldada de acordo com os dias e se o resultado não fosse o esperado, se deixava quebrar e se refazia.
Redescobriu novos sabores nas palavras: tranquilidade, equilíbrio, alegria, palavras conhecidas que agora eram degustadas, lambuzadas, vividas. Descobriu com tristeza pessoas vazias. Não sabia se existia culpa, apenas identificou uma necessidade urgente de atenção, cuidado, tempo. Pois é, a gente precisa dedicar um pouco mais tempo pra um sorriso, um abraço, um conte comigo. Pessoas ficam amargas porque ficam por muito tempo sem experimentar o doce sabor da palavra gentileza. Só consegue ser gentil quem não espera nada em troca.
Estava agora, em um de seus passeios noturnos a conversar com o vento. E quando a noite era só breu, enfeitava os cabelos com estrelas para clarear os pensamentos.
[Renata Fagundes]
domingo, 11 de agosto de 2013
sábado, 10 de agosto de 2013
Constante Inconstância
..ele sempre dizia - meu maior medo é perder a lucidez. Ela, que nada tinha de lúcida ouvia sua teoria de folhetim, palavras requentadas, experiencias que outros viveram para que ele se poupasse do trabalho.
Descalça, entrou no sótão da alma com cuidado para não acordar lembranças adormecidas. Era incrível como a tal lucidez nunca a havia visitado. Apesar do pó do tempo, era possível sentir a intensidade dos momentos, ainda se identificava a vivacidade das cores, o som dos sorrisos em fotos amareladas, o perfume de lugares e pessoas. Se viu ali, em pedaços, papel repicado colorindo o chão da memória, cantiga de roda, vinil colorido, histórias inacabadas. Não era exemplo a ser seguido. Era caminho, estrada, poeira de chão que o vento leva pra dançar em territórios distantes, era sorriso de gente estranha, lágrima quente que faz morada na boca, braços dançarinos e abraço de pernas. Concluiu que, mais que palavras bem colocadas, era feita de pedaços de loucura que ainda eram degustados...
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Tempo que chega
Chega um tempo em que você não se preocupa com o tempo. Se lembra apenas que esqueceu a ansiedade pelo caminho, que deixou de berrar pra provar que esta com a razão, que desistiu de esperar demais das pessoas, pois descobriu que pessoas oferecem o que são. Aprende a sorrir dos que subestimam sua inteligência. Desaprende de se justificar porque sabe que quem te ama, te entende, te aceita e te quer por perto apesar de você ser quem é.
Chega um tempo em que você prefere estudar (viver) humanas que exatas, pois descobre que coração não entende de exatidão.
Chega um tempo em que você para de olhar, aprende a enxergar. Para de correr, aprende a caminhar. Para de gritar, aprende a assoviar.
Chega um tempo em que você deixa as expectativas de futuro para os mais apressados e prefere descansar nos braços do agora. Se despede de todos os ontens, pois sabe que sua história mais interessante será escrita hoje.
Chega um tempo em que você joga a palavra felicidade no google e não encontra nada, pois ela esta dormindo ao seu lado, esta no telefone com suas vozes infantis preferidas, esta no abraço grande do seu irmão, esta na resposta da sua oração.
Chego a me perguntar se me perdi no tempo, pois não reconheço a garota de anos atrás, a mulher de um dia desses. Talvez tenha chegado atrasada no encontro que marquei com o tempo. Confesso que não me decepcionei ao olhar nos olhos da mulher diante do espelho, uma mulher que ainda não desvendei. Mas ela não assusta, pois estou prestes a descobrir.
Finalmente
"Depois de anos acariciando as dores que me
deixaram partida, finalmente as deixei
partir. E fiquei inteira."
(Fernanda Gaona)
REAÇÃO
Entre os anos 70 e 80, Marina Abramovic viveu um intensa história de amor com Ulay. Quando sentiram que a relação já não tinha a chama de outros tempos, cada um seguiu o seu caminho. Mas em 2010, quando Marina já era artista consagrada, o Museu de Arte Moderna (MoMa) de Nova Iorque dedicou uma retrospectiva à sua obra. Nessa retrospectiva, Marina partilhava um minuto de silêncio com cada estranho que se sentasse à sua frente. Ulay chegou sem que ela soubesse, e foi assim que aconteceu...
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E aí?
Eu sei que muitas vezes vai dar medo, em outras, você vai pensar em desistir. Mas mudanças fazem parte do cotidiano e são elas que nos ajudam a construir nosso alicerce. Experiência não é “papo de vovó”, não. Chega um dia que a vida te cobra e vai querer saber “tintim por tintim” o que você fez com os obstáculos que ela colocou.
E aí, você é do tipo que topa qualquer parada ou da turma dos que pedem pra descer na primeira parada?!?
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
sou sim
Eu sou sim a pessoa que some, que surta, que vai embora, que
aparece do nada, que fica porque quer, que odeia a falta de oxigênio das
obrigações, que encurta uma conversa besta, que estende um bom drama, que diz o
que ninguém espera e salva uma noite, que estraga uma semana só pelo prazer de
ser má e tirar as correntes da cobrança do meu peito.
Que acha todo mundo meio feio, meio bobo, meio burro, meio
perdido, meio sem alma, meio de plástico, meio bomba. E espera impaciente ser
salva por uma metade meio interessante, que me tire finalmente essa sensação de
perna manca quando ando sozinha por aí, maldizendo a tudo e a todos. Eu só queria ser legal, ser boa, ser leve. Mas dá realmente pra
ser assim??
no fim de tudo, palavras.
Eu não duvido da força do amor, em nenhum setor da minha vida. Por isso eu me entrego de olhos fechados e sigo. Depois? Depois se for preciso eu cato os cacos e escrevo um conto, uma poesia, uma minissérie, um seriado, uma novela, de amor é claro.
zebra africana.
Se você quer alguém rastejando atrás de você, sugiro esquecer ter me conhecido e
comprar uma iguana ou algo assim. Se tem uma coisa que eu sei nesse mundo é de mim.
Me conheço!!!!
No meu corpo tem cromossomos de uma zebra africana. Estou sempre fugindo
dos leões. Algumas pessoas escolhem ser livres. Outras não têm chance de escolha,
apenas são. E nunca mudam, mesmo que queiram. É uma questão de fase: paixão não
revelada é paixão morta, amor não demonstrado é amor morto. Só mais uns dias e pronto.
Estarei oficialmente no limbo, na liberdade anestésica de absolutamente nada sentir.
comprar uma iguana ou algo assim. Se tem uma coisa que eu sei nesse mundo é de mim.
Me conheço!!!!
No meu corpo tem cromossomos de uma zebra africana. Estou sempre fugindo
dos leões. Algumas pessoas escolhem ser livres. Outras não têm chance de escolha,
apenas são. E nunca mudam, mesmo que queiram. É uma questão de fase: paixão não
revelada é paixão morta, amor não demonstrado é amor morto. Só mais uns dias e pronto.
Estarei oficialmente no limbo, na liberdade anestésica de absolutamente nada sentir.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
low profile
Nem se discute: discrição é uma qualidade rara. Gente que não fala muito de si mesmo e que não conta vantagem é um luxo. Nada como uma vida low profile, com direito a sorrisos enigmáticos e silêncios providenciais.
nunca desistir da vida
O tempo me ensinou a não acreditar demais na morte nem desistir da vida: cultivo alegrias num jardim
onde estamos eu, os sonhos idos, os velhos amores e seus segredos.
E a esperança – que rebrilha como pedrinhas de cores entre as raízes.
Lya Luft
Aprenda Fabi, aprenda.....
"Aprenda a se preservar. A falar pouco ou quase nada. Aprenda que coisas do coração são coisas sagradas e só devem ser ditas a quem vai ouvi-las com carinho e ficar feliz junto contigo. Alguém que, ao ouvir que algo te incomoda, vai torcer muito pra que isso passe e que você supere. Desabafo a gente faz a quem torce verdadeiramente pra que os ventos mudem e os caminhos bons apareçam na nossa frente."
(Karla Tabalipa)
(Karla Tabalipa)
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
terça-feira, 30 de julho de 2013
Analise sua saudade, ela é do corpo ou da alma?
Quando a saudade é carnal,
esse problema você pode resolver.
A saudade da alma, só o amor resolve.
Quando você se livra da saudade
do corpo, você se liberta e encontra
as portas da sensibilidade aflorada.
Um novo caminho de paixão se abre para você.
Você ganha uma nova visão amorosa,
sobre o sentimento do amor.
Pensar no corpo, é estar possuído
por ele. O desejo de ser possuído,
evita você ser dominado pelo corpo.
Liberte sua mente, faça o que
ela quer de maneira diferente,
todas as flores são espinhos que
fazem carinho.
Falar que ama alguém,
Ainda hoje, nunca é tarde
para reatar o amor.
Rhenan Carvalho
esse problema você pode resolver.
A saudade da alma, só o amor resolve.
Quando você se livra da saudade
do corpo, você se liberta e encontra
as portas da sensibilidade aflorada.
Um novo caminho de paixão se abre para você.
Você ganha uma nova visão amorosa,
sobre o sentimento do amor.
Pensar no corpo, é estar possuído
por ele. O desejo de ser possuído,
evita você ser dominado pelo corpo.
Liberte sua mente, faça o que
ela quer de maneira diferente,
todas as flores são espinhos que
fazem carinho.
Falar que ama alguém,
Ainda hoje, nunca é tarde
para reatar o amor.
Rhenan Carvalho
paciência x indecisões
Gosto de um gostar direto, sincero, sem definições de certo ou errado, sem pesos ou mágoas de relacionamentos passados, onde uma leve dificuldade até atrai, mas o impossível desanima. Gosto do simples, eu e você, sem turistas, quer mais simples do que isso????
quinta-feira, 25 de julho de 2013
terça-feira, 23 de julho de 2013
A boniteza possível.
Imaginem um mundo de coisas limpas e bonitas, onde a gente não seja obrigado a fugir, fingir ou mentir, onde a gente não tenha medo nem se sinta confuso (não haverá a palavra nem a coisa confusão, porque tudo será nítido e claro), onde as pessoas não se machuquem umas às outras, onde o que a gente é apareça nos olhos, na expressão do rosto, em todos os movimentos — acrescentem a esse mundo os detalhes que vocês quiserem (eu me satisfaço com um rio, macieiras carregadas, alguns plátanos e uma colina — ou coxilha, como se diz aqui no Sul — no horizonte), depois convidem pessoas azuis para se darem as mãos e fazerem uma grande concentração para concretizar esse mundo — e, então, quando ele estiver pronto, novo e reluzente como se tivesse sido envernizado, então nós nos encontraremos lá e eu não precisarei explicar nada, nem contar nenhuma estória escura, porque estórias claras estarão acontecendo à nossa volta e nós estaremos sendo aquilo que somos, sem nenhuma dureza, e o que fomos ficou dependurado em algum armário embutido, junto com sapatos (quem precisará deles para pisar na grama limpa dessa terra?), roupas e enfeites (quem precisará de panos, contas ou cores na terra onde o ar será colorido e enfeitará nossos corpos?)— lá, eu digo, nós nos encontraremos entre centauros, sereias, unicórnios e duendes, e sem dizer nada, com um olhar verde (uma das minhas grandes frustrações sempre foi não ter olho verde — mas lá eu terei) eu direi o quanto gosto de vocês, e voaremos de tanta boniteza — combinado? — Caio Fernando Abreu
deve ser...
Penso que temos a necessidade de pôr nome nas situações para perder o medo delas...será?
segunda-feira, 22 de julho de 2013
quem é quem.....
Eu posso não saber nada de amor. Eu posso não saber como trazer seu amado em três dias. Eu até
posso não ter conhecimento de algum assunto que você queira discutir comigo.
Eu posso não saber nada de santos, de preces, de milagres. Eu posso não ser santa (e quem disse que
um dia eu quis ser?)
Mas se tem uma coisa que eu sei, é quem me faz bem. Eu sei quem me acrescenta, quem me torna
uma pessoa melhor a cada sorriso, a cada carinho partilhado, a cada palavra. Esses, ah! Eu sinto de
longe.
Deve ser porque a nossa essência se comunica. Sem que palavra alguma precise ser dita.
posso não ter conhecimento de algum assunto que você queira discutir comigo.
Eu posso não saber nada de santos, de preces, de milagres. Eu posso não ser santa (e quem disse que
um dia eu quis ser?)
Mas se tem uma coisa que eu sei, é quem me faz bem. Eu sei quem me acrescenta, quem me torna
uma pessoa melhor a cada sorriso, a cada carinho partilhado, a cada palavra. Esses, ah! Eu sinto de
longe.
Deve ser porque a nossa essência se comunica. Sem que palavra alguma precise ser dita.
quinta-feira, 18 de julho de 2013
e ele foi...
Devia ser sábado, passava da meia-noite.
Ele sorriu para mim. E perguntou:
- Você vai para a Liberdade?
- Não, eu vou para o Paraíso.
Ele sentou-se ao meu lado. E disse.
- Então eu vou com você.
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Caio F.,
Caio Fernando Abreu
RESUMO
Pra nós dois o mundo inteiro é um pequeno guarda-chuva que não conseguimos dividir sem se molhar.
quarta-feira, 17 de julho de 2013
terça-feira, 16 de julho de 2013
Açúcar ou adoçante?
Entra pra ver
como você deixou o lugar
E o tempo que levou pra arrumar
aquela gaveta
Entra pra ver
Mas tira o sapato pra entrar
cuidado que eu mudei de lugar
algumas certezas
pra não te magoar
Não tem porquê
Pra ajudar teu analista:
"Desculpa."
Mas se você quiser
alguém pra amar
ainda
Hoje não vai dar
Não vou estar
Te indico alguém
Mas fica um pouco mais
Que tal mais um café?
Ainda lembra disso?
Que bom
Mas se você quiser
alguém pra amar
ainda
Mas se você quiser
alguém pra anular
ainda
Desculpa, não vai dar
Não vou estar
Te indico alguém
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